quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sistema Tegumentar das Aves

As aves são recobertas por penas. A pele das aves não apresenta glândulas, algumas possuem glândulas uropigiais que fica na cauda e serve para produzir uma secreção usada para lubrificar e impermeabilizar as penas e o bico. Outras aves possuem penas que se desintegram enquanto crescem, formando um pó que impermeabiliza as outras penas que crescerem. As áreas do corpo recobertas de penas são chamadas de pterílias. As penas que cobrem as asas e a cauda são chamadas de tectrizes. As longas penas das asas que tem função propulsora e chamada de remígeas. As longas penas da cauda são chamadas de rectrizes e são elas que orientam o voo  Plumas são penas macias e flexíveis e recobrem o corpo das aves jovens, e aparecem na faze adulta entre as demais penas.



Sistema Excretor das Aves

No Sistema excretor apresentam-se os rins, que são metanefros, com dois ureteres que terminam na cloaca, isso se deve ao fato das aves não possuírem bexiga urinária.
A principal excreta nitrogenada é o ácido úrico. A urina é pastosa, para a economia de água.


As aves estão dentro do mesmo grupo dos mosquitos no quesito de forma de excreção. Esse grupo e chamado de Urocotélicos.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Sistema Respiratório das Aves

sistema respiratório das aves tem pulmões rígidos de volume fixo e sacos aéreos complacentes. Os pulmões atuam como um local de trocas gasosas do sistema respiratório.
Sacos aéreos grandes de paredes finas originam-se de alguns brônquios secundários. Um grupo cranial (sacos aéreos cervicais, clavicular e torácicos craniais) conecta-se aos brônquios secundários médio-ventrais; um grupo caudal (sacos aéreos torácicos caudais e abdominais) conecta-se aos brônquios secundários látero-ventrais e médio-dorsais e aos brônquios primários intrapulmonares. Todos os sacos aéreos são pares, exceto o clavicular; nas galinhas, patos, pombos e perus, há um total de nove sacos aéreos.
Os divertículos surgem de muitos sacos aéreos e penetram em alguns ossos. Embora a maioria dos ossos em algumas aves sejam pneumáticos (mesmo os ossos do crânio e falanges distais no pelicano), o osso pneumático mais importante nas espécies domésticas é o úmero. O divertículo supra-umeral do saco aéreo clavicular estende-se dentro desse osso, e é possível para a ave ventilar seu pulmão através de um úmero quebrado.
O volume de gás nos sacos aéreos é aproximadamente 10 vezes maior do que o dos pulmões, com o volume do sistema respiratório total atingindo 500 ml em galos grandes. Praticamente não ocorrem trocas gasosas nas paredes dos sacos aéreos.
As modificações do volume corporal são causadas por contração dos músculos inspiratórios e expiratórios, ambos ativos e igualmente importantes (mesmo na ventilação em repouso). As aves, ao contrário dos mamíferos, não possuem diafragma e os músculos esqueléticos da parede corporal fornecem energia para a modificação do volume do corpo. O volume corporal aumenta durante a inspiração por causa do movimento ventro-cranial do esterno e lateral das costelas. O complexo esterno-coracoide fixa-se a espádua e a ponta do esterno desloca-se em arco, enquanto a ave respira.
Durante a inspiração, o volume corporal (torácico e abdominal) aumenta, o que diminui a pressão nos sacos aéreos em relação à da atmosfera e o gás desloca-se através dos pulmões para dentro dos sacos aéreos.
Ao contrário, durante a expiração, o volume corporal diminui, a pressão nos sacos aéreos aumenta em relação à da atmosfera e o gás é forçado para fora dos sacos aéreos e de volta, através dos pulmões, para o meio ambiente. Assim, o gás flui através dos pulmões da ave durante ambas as fases do ciclo respiratório.
O sistema de controle ventilatório atua no ajuste da quantidade e padrão ventilatório para adquirir uma constância relativa dos gases no sangue arterial em condições de repouso. Essa função parece ser exercida por influência de muitos impulsos de entrada aferentes, vindos tanto dos receptores periféricos como centrais, no oscilador respiratório central que, por sua vez, controla os neurônios motores que inervam os músculos respiratórios.
Durante o estresse pelo calor em aves, a frequência respiratória aumenta de maneira acentuada, à medida que o volume respiratório diminui e, finalmente, ocorre polipneia. A ventilação total em tais condições pode aumentar seis a sete vezes.
É espantoso o fato de que, em algumas aves (avestruz, galinha mestiça, perdiz, cegonha, marreco-de-pequim, pombo), essa acentuada alteração na ventilação total resulta em alteração nos gases e no pH do sangue arterial. Em algumas aves (galinha), a ventilação aumenta de forma acentuada durante a polipneia, resultando em severa hipocapnia ealcalose. As razões para as diferenças entre as espécies são desconhecidas.
O agrupamento neuronal respiratório, responsável pela ação rítmica dos músculos respiratórios, está no tronco cerebral, provavelmente na região da ponte e parte rostral do bulbo.
Devido à necessidade de um movimento ventro-cranial do esterno para que a ave modifique seu volume corporal no processo de movimentar os gases através dos pulmões, deve-se ser extremamente cauteloso para não conter uma ave de maneira que o movimento esternal seja impedido, ou ela não poderá ventilar seus pulmões adequadamente.
O controle da respiração parece estar diretamente envolvido no grau de calcificação da casca do ovo. Sob condições de hiperventilação, como freqüentemente acontece no estresse pelo calor, são formados ovos de casca fina. Durante procedimentos cirúrgicos em que a cavidade toracoabdominal é aberta (castração de frangos), os sacos aéreos são rompidos e a capacidade da ave para ventilar seus pulmões pode ficar seriamente comprometida. As aves têm um fator de segurança muito baixo para a maioria dos anestésicos e é fácil induzir parada respiratória.
Quando isto acontece, os pulmões podem ser artificialmente ventilados por delicada ação de bombeamento sobre o esterno, comprimindo e expandindo assim a cavidade toracoabdominal. O gás, então, irá deslocar-se através dos pulmões e as trocas gasosas poderão ocorrer até que a concentração do agente anestésico diminua e a respiração espontânea.

Sistema Reprodutor das Aves

 








Diferentes de seus parentes répteis, que às vezes dão à luz a seus filhotes, todas as espécies de aves põem ovos. Apesar dos ovos parecerem bastante frágeis, seu formato oval oferece grande resistência e eles podem suportar grandes pressões sem quebrar. Como os ovos são pesados e incômodos de carregar, as fêmeas colocam os ovos assim que são fertilizadas, quase sempre em um ninho construído para proteger o ovo contra predadores e para mantê-lo aquecido durante o desenvolvimento do embrião.



Diferentes espécies de aves põem números diferentes de ovos – os pinguins normalmente põem um único ovo, enquanto o chapim azul europeu põe entre 18 e 19 ovos. A construção de um ninho é uma das grandes façanhas de design e engenharia do reino animal. Espécies diferentes mostram uma diversidade extraordinária na construção de seus ninhos. Algumas aves constroem ninhos minúsculos tão bem escondidos, que nem mesmo o caçador mais determinado pode encontrá-los, mas outras espécies constroem ninhos enormes, altamente visíveis, que elas defendem corajosamente contra qualquer criatura que se aproxime.

Na maioria das espécies de aves, os indivíduos machos não apresentam órgão copulador, enquanto algumas poucas espécies apresentam um falo rudimentar. Os machos apresentam dois testículos (sendo o testículo esquerdo maior do que o testículo direito), dos quais saem os canais deferentes, que terminam na cloaca. As glândulas genitais acessórias estão ausentes. A transferência dos espermatozoides do macho para o corpo da fêmea se dá através da justaposição das cloacas que ocorre durante a cópula.
As fêmeas das aves geralmente possuem o ovário e o oviduto direito atrofiados, sendo que essas estruturas aumentam de tamanho apenas durante a época de reprodução. O fato de essas estruturas estarem atrofiadas de um lado e aumentarem de tamanho somente na época de reprodução é uma adaptação ao voo. O oviduto das fêmeas pode ser dividido em: infundíbulo, magno, istmo, útero e vagina.
infundíbulo tem a função de captar os folículos maduros que são liberados pelo ovário. É no infundíbulo que ocorre a fecundação do óvulo caso haja cópula.
Depois do infundíbulo, encontramos o magno, também chamado de glândula albuminífera. O magno é rico em células secretoras e é nele que ocorre a formação do albúmen.
istmo é a menor porção do oviduto e é nesse local que irá ocorrer a formação das membranas da casca do ovo.
Nas aves, o útero é o local onde se forma a casca do ovo, e por isso também pode ser chamado de glândula da casca ou ainda de câmara calcífera. No útero, o ovo recebe uma cobertura de carbonato de cálcio, proteínas, pigmentos, cutícula, entre outros componentes da casca, sendo depois encaminhado para a vagina, onde será depositada uma camada de muco sobre a casca. Da vagina, o ovo é encaminhado à cloaca, de onde será eliminado do corpo da ave.
A maioria das espécies de aves choca seus ovos após a postura, mantendo-os em uma temperatura adequada para que o embrião possa se desenvolver.

Sistema Digestório das Aves


As aves são animais vertebrados com uma dieta alimentar que varia de acordo com a espécie. Aves herbívoras se alimentam de sementes, frutas, néctar, etc., enquanto que as aves carnívoras consomem outras aves, pequenos vertebrados e restos de animais (carniça). Há ainda as aves onívoras, que possuem uma alimentação variada, assim como os seres humanos.
Por não possuírem dentes (fato decorrente de uma adaptação ao voo), as aves possuem um sistema digestório bem peculiar, que muda de acordo com a dieta alimentar do animal.    Todas as espécies de aves ingerem o seu alimento pelo bico córneo, cuja forma e tamanho também irão variar de acordo com o tipo de alimentação da ave.
No sistema digestório das aves há uma dilatação no esôfago chamada de papo, que serve para armazenar o alimento e também para umedecê-lo, tornando-o mais macio. Ao armazenar os alimentos no papo, a ave tem a oportunidade de digeri-lo em um local mais seguro.
Logo depois do papo, encontra-se um estômago dividido em duas partes, chamadas de proventrículo moela. No proventrículo, também conhecido como estômago químico, o alimento é misturado a enzimas digestórias, sendo encaminhado para a moela, também conhecida como estômago mecânico, uma estrutura de paredes grossas e musculosas, onde o alimento que já está amolecido e misturado a enzimas digestórias será triturado. Muitas espécies de aves herbívoras engolem pequenas pedrinhas para que elas auxiliem na trituração do alimento na moela. Essas pedrinhas ingeridas pelas aves são equivalentes aos dentes que elas perderam ao longo da evolução. É importante lembrar que as aves carnívoras possuem um papo pouco desenvolvido ou até mesmo ausente, enquanto sua moela é pouco musculosa.
intestino delgado das aves assemelha-se muito ao dos mamíferos, sendo que nas aves herbívoras o intestino é muito maior do que nas aves carnívoras. O intestino grosso desses animais é curto e termina na cloaca, onde também são lançados os ductos do sistema excretor e reprodutor.
Algumas estruturas que também são encontradas nas aves são as glândulas salivares (que variam de número e localização, dependendo da espécie), pâncreas fígado, que liberam suas secreções no duodeno do animal através de ductos.

Sistema Circulatório das Aves


As aves são animais com sistema circulatório fechado, duplo e completo. No sistema circulatório fechado, o sangue desses animais circula somente no interior de vasos; no sistema decirculação dupla, o sangue das aves passa duas vezes pelo coração; e no sistema circulatório completo, o sangue arterial não se mistura com o sangue venoso.
coração das aves apresenta quatro câmaras (dois átrios e dois ventrículos) que se encontram totalmente separadas. O sangue venoso (rico em gás carbônico) proveniente do corpo do animal é levado até o átrio direito através de veias; enquanto que o sangue arterial (rico em oxigênio), proveniente dos pulmões, chega ao átrio esquerdo. Através de sístoles simultâneas, o sangue dos dois átrios é impulsionado para os respectivos ventrículos (átrio direito para o ventrículo direito; e átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo). De cada ventrículo, o sangue é impulsionado para as artérias.
A artéria que se liga ao ventrículo direito é a artéria pulmonar e é por ela que o sangue venoso chega até os pulmões, sendo que a artéria que está ligada ao ventrículo esquerdo é a artéria aorta, que leva sangue arterial para todos os órgãos e tecidos do corpo do animal.
sistema circulatório das aves se assemelha ao dos mamíferos, com pequenas diferenças, por exemplo: as hemácias das aves são dotadas de núcleo e com formas ovais, enquanto que as hemácias nos mamíferos são desprovidas de núcleo (anucleadas) e de formato arredondado. Outra diferença é que, nas aves, a artéria aorta que sai do ventrículo esquerdo é voltada para a direita, enquanto que nos mamíferos, a artéria aorta está voltada para a esquerda.
O fato de as aves possuírem circulação dupla e completa dá a esses animais uma maior disponibilidade de oxigênio e, consequentemente, uma maior disponibilidade de energia para que o animal consiga alçar voo e também para que ele mantenha sua temperatura corporal constante (homeotermia).


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Sistema Nervoso Das Aves

  Consideravelmente mais desenvolvido que o dos  Répteis. Os lobos olfativos do cérebro são pequenos e responsáveis pelo olfato, notavelmente pobre. O cérebro é grande e recobre o diencéfalo e os lobos ópticos. Entretanto, seu tamanho resulta mais do crescimento do corpo estriado do que do córtex cerebral que é liso. Os lobos ópticos são excepcionalmente grandes, o que parece estar relacionado com a visão aguçada que as aves possuem. O cerebelo é maior do que nos répteis e apresenta fissuras profundas, apesar de não ser tão grande como nos mamíferos. Ventralmente ao cerebelo o encéfalo das Aves mostra o começo do desenvolvimento de uma ponte.
           O sistema nervoso é bastante desenvolvido, principalmente as estruturas relacionadas com o equilíbrio e com a orientação espacial, como o cerebelo. Em algumas aves, já foram encontrados cristais de magnetita nos músculos do pescoço. Provavelmente, esses cristais devam estar associados com alguma forma de orientação magnética, como "bússolas internas", importantes para as aves que executam longos vôos migratórios. O paladar e o olfato são muito pouco sensíveis, ao contrário da visão e da audição. As aves possuem, também, 12 pares de nervos cranianos.
A visão privilegiada da maioria das aves possibilida uma excelente acuidade visual, inclusive para cores em muitas espécies.
           

A Musculatura Das Aves

A musculatura, tal como o esqueleto, está extraordinariamente bem adaptada para o voo. Deste modo, a musculatura na parte dorsal da coluna vertebral e os músculos que accionam a mandíbula inferior são geralmente reduzidos. Já a musculatura do pescoço e a que aciona os membros, especialmente as asas e os músculos anteriores, é muito desenvolvida. O pescoço possui mobilidade em todos os planos do espaço, uma agilidade que nenhum outro vertebrado consegue e com potência e velocidade muito grandes, características que lhes são necessárias, em várias ocasiões.
Os músculos utilizados no movimento das asas, que são cinquenta, são bastante desenvolvidos e inserem-se no esterno e na quilha.
Destes, há três que são especialmente importantes, visto permitirem à asa aberta bracejar no ar. Estes músculos são o grande peitoral, que dirige a asa para baixo proporcionando o apoio no ar e garantido o avanço; o pequeno peitoral (músculo coracobraquial posterior), que completa a ação do anterior; e por fim o peitoral médio (músculo supracoracóide), que funciona de forma antagônica e se encarrega de produzir a elevação da asa.
Os dois grandes peitorais representam, em média, mais de 15% do peso total do animal, enquanto que por seu lado, o peitoral médio representa 10%. Estas proporções podem variar de acordo com o desenvolvimento das faculdades de voo. 


Sistema Esquelético


No esqueleto das aves podemos encontrar algumas características dos répteis, nele está marcado principalmente pela adaptação ao voo. Por exemplo, de modo a conseguir com que seu corpo fique mais leve. Para isso acontecer os ossos das aves são na maioria das vezes oco e esponjoso, chamado pneumático, que ajuda nessa função e não atrapalha a sua aerodinâmica e sua resistência no ar.



As vértebras cervicais, variam muito em número de espécie para espécie, mesmo assim todas as aves partilham da mesma característica de possuírem grande mobilidade, obtida por superfícies articulares que permitem com que ela faça movimentos amplos como poder virar sua cabeça quase completamente para trás.


As vértebras do dorso e do lombo tendem a perder mobilidade e formar um sistema rígido, podendo se soldarem uma as outras.
O crânio é formado por ossos completamente ligados e não possui nenhuma parte mastigadora. Os dentes deram lugar ao bico, que é formado por duas bainhas córneas. O bico e um elemento essencial para as aves porque é usado como uma mão, para agarrar e manusear objetos. É por ele também que as aves se comunicam, constroem seu ninho, capturam presas, alimentam seus filhotes e se defendem.